É, acho que está virando meio que um "diário de Joey e Carrie" isso aqui, mas vamos lá...
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Bem, nem sempre nossas epopéias envolvem homens (não como o principal foco do assunto) e/ou romances fracassados, mas tudo é motivo para virar uma aventura desvairada. Até mesmo uma simples noite de sábado...
Numa dessas tãããão esperadas noites do fim de semana, eu e Charlotte resolvemos ir ao show da banda adolescente mais bombada do momento (sim, nós já somos velhas pra pagar pau pra um bando de muleques-bonitinhos-que-tocam-um-instrumento-qualquer – e pior achar a música deles boa –, sim é um puta mico admitir isso e, sim, só teria pivetes no lugar, mas e daí?).
Preparamo-nos psicologicamente para o evento durante tooooooda uma semana: “Caramba, a gente vai ter coragem de enfrentar um monte de menininha histérica gritando pelo vocalista-gato-pivete?”, “Vamo sim amiga, pelo menos risada a gente vai dar”, “Ok, vamos enfrentar a pirralhada!”.
Vc comprou ingresso antecipado pra ver a tal-banda-bombada-de-adolescentes? Nem nós! E é aí que mora o perigo... As duas bonitas, mesmo sem ingresso, mesmo sabendo que só os cambistas teriam tal produto para vender, resolveram ir assim mesmo, só com a cara (de pau) e a coragem, na esperança de gastar no mááááximo uns 50 reais pelo famigerado convite (e olhe lá!).
Chegando ao lugar do show uma fila giganteeeeeeeesca, dessas dignas de... nem sei exemplificar com o que parecia a tal fila, pq era tanta gente, digo, tanta menina junto que não dava nem pra comparar com nada. Um absuuuuuuudo!!! Nunca ia imaginar que existisse tanta adolescente endinheirada, histérica e sei lá mais o que. Fiquei bege ao ver tamanha aglomeração! Juro, tinha mais menina na fila pra entrar no show do que doido querendo comprar o ingresso da Madonna (uma parada REALMENTE insana!).
Inicia-se nossa busca por um par de passaportes-da-alegria (?)... Paramos TODOS os cambistas ou supostos cambistas que encontramos pela frente. A resposta deles para a nossa pergunta tolinha (Moço, tem ingresso pro show?) era uma só: “Tenho. CEM REAIS, quer quantos?”.
O quê? Pára tudo! Cem conto pra ver esses muleques cantarem: “Nhééé, pela última vez. Nhééééé, pela última veeeeeez...”, NEM FODENDO meu amigo, o show da senhora-cinquentona-idola-do-pop-no-mundo-todo é só em dezembro, tá maluco?
Sério, eu tive o dom de falar isso pro cara, que me respondeu prontamente: “Nem estudante vai pagar cem reais no show da Madonna, minha filha, se liga! Com a gente o esquema vai ser de quinhentos paus pra mais”. Rá, vai sonhando... Se eu não compro, ele também não vende, certo? Quem sai perdendo mais?
Bom, resolvemos deixar pra lá e apelar pras nossas fontes jornalísticas (mesmo já tendo sido rejeitadas no credenciamento de imprensa devido ao número de jornalistas malucos para cobrir o evento). Na primeira tentativa, nada. Mas a assessora nos prometeu que tentaria nos arranjar algo caso alguém não aparecesse para o começo do show. Aguardemos...
Até que a pessoa aqui, num momento de “epa, acho que tá faltando alguma coisa no meu bolso”, se dá conta de que esqueceu a carteira de habilitação em casa. E o detalhe: era a própria quem estava dirigindo e não havia a possibilidade de pedir para nenhuma outra pessoa fazer o trajeto Vila Olímpia – Zona Leste dirigindo de volta, já que Charlotte não tem autorização para tal!
Que beleza! Dona Carrie ainda comete a gafe de avisar a amiga sobre o tal lapso. A amiga (óbvio) ficou branca, amarela, roxa, rosa, tudo quando foi cor quando ouviu as palavras mágicas, afinal, estamos em tempo de lei seca, e lei seca é o mesmo que dizer: a polícia tá na rua. Só ali onde a gente estava tinha, tipo, umas 10 viaturas ou mais ao redor...
Maravilha! Apela pra São Cristóvão, Deus e todo mundo, esquece a porcaria do show e toca pra casa antes que aconteça o pior (já que a nossa sorte não estava lá essas coisas).
Eu disse sorte? Sim, cedo demais para falar em azar...
Ao entrar no carro, pegar a avenida próxima ao local do show, com o que nos deparamos? Uma blitz policial, mas é claro!!! Pernas tremendo, respiração cachorrinho, nem uma agulha passando, policiais com trabucos enoooooormes olhando carro por carro, eu já ensaiando o discurso pro ‘seu guarda’ tipo: “Habilitação? Não serve meu cartão do banco e o documento do carro? É tudo q tenho aqui”, e no outro lado do cérebro pensando: “Meu Deus, não me deixa fazer o carro morrer enquanto espero o moço da frente passar, por favoooooooor!”.
Até que... Passamos direto, ninguém quis parar as duas meninas xaropes e investigar o carro. Ufa!. Olho pra Charlote, ela está dura, estática no banco do passageiro, mas ainda respirava (querendo me fazer parar de respirar, é claro, mas tava viva!).
Saindo daquele perrengue, vem outro: como voltar pra casa estando ali? Deu branco! Não conseguia lembrar o caminho. A única coisa que sabia era que precisava pegar a avenida no sentido contrário, mas pra isso ia ter que passar pela blitz dinovo. Melhor não...
Rodamos um tempinho e resolvemos ir pela Marginal, que para todos os lugares leva e dificilmente teria guardinhas parados no meio do caminho. Vamos nós, rumo a Z/L! Nessas, Charlotte já nem olhava mais direito pra minha cara e no mínimo pensava: “Nunca mais eu saio com essa doida!”. Até que chegamos na minha casa (peguei a habilitação) e fui deixá-la na casa dela. Chega de badalações frustradas!
Deixando-a em sua residência, Charlotte só me lança um: “Cara, realmente sair com vc é sempre uma aventura”. Será? Imagina, só um pouquinho de emoção num sábado sem nada pra fazer... Foi tudo premeditado! hahaha
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
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3 comentários:
Pois é, praticamente um diálogo... rs... cadê o povo?
Já tô com outro texto em ponto de bala e nada de vocês?
Eae Chandler? Foi pra Tulsa?
Agora, sobre a tiete de banda teenager... tsc... tsc... muita emoção pra nada.. ao menos não foi presa, ou perdeu a habilitação ou gastou 100 reais...
hahahahah acho q o Chandler foi pro Iêmen!
Manda ver o texto...
Adoroooooooooooooo pirralhada! ;-)
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