Na época da faculdade eu freqüentava muito o laboratório de rádio e TV. No 7º semestre aquelas salas frias eram praticamente meu segundo lar, tudo culpa de um maldito professor que passava um trabalho de rádio por semana, ou seja, era um programa para produzir a cada sete dias...
Mas (sempre tem um mas!) nem tudo era tortura quando eu tinha que ir até o ‘lab’. Passava horas dando muita risada por lá, tudo isso por conta dos técnicos que ali trabalhavam: Bobby, Gentefina e Cervejeiro. Os três ralavam à beça por lá, mas também faziam as horas de gravação do meu grupo serem mais divertidas. [Esqueci de citar um fato importante: no meu grupo só tinha mulheres, o que, provavelmente, fazia com que os meninos se esforçassem um pouco mais para atender às solicitações, né?]
Bom, cada um tinha uma característica muito peculiar: Bobby era aquele que serve para ser seu melhor amigo e ponto; Gentefina, como o próprio nome diz, era o mais legal, mais prestativo, mais fofo, mais um monte de coisas, mas (lá vem o 'mas' dinovo!) também não fazia os olhinhos da moça que vos fala brilharem; já Cervejeiro... ele era legal, inteligente, espirituoso, divertido, tinha as melhores sacada, era gato... Eu disse era gato? Pois é, pode-se dizer que era praticamente meu número!
Precisa perguntar se rolou um momento: 'senhor, daí-me forças porque eu namoro'? Não precisa né?! Sim, na época eu namorava, tipo quatro anos e tralálá de namoro. Mas enfim, tava namorando, não tava morta, e olhar e babar não tira pedaço de ninguém, nem faz ninguém ser menos fiel por isso.
O tempo foi passando, o semestre também, meu namoro indo pro brejo (por motivos que não tinham absolutamente NADA a ver com “cerveja” e afins), aquele lance de vc não entender qual é a do cara, se ele é só legal ou tá te dano mole (às vezes a gente não consegue entender de cara qualé, néverdade?). Deu-se que o semestre acabou, as aulas de rádio também e Cervejeiro começou a namorar bem na época que eu estava solteira. Valeu sr. Murphy!
No último semestre já não tinha mais tempo de ir até o lab pra ver como as “coisas” estavam, então sempre conversava por MSN com Bobby e vez ou outra com Gentefina, mas nunca com Cervejeiro. É impressionante a capacidade que a cidadã tem de ter assunto com qualquer pessoa, menos com quem deve ter, isso é fato.
Depois de um certo período de conversas percebo que Bobby começou a me xavecar! Taqueopariu, só acontece comigo né? Eu afim do amigo e vem o outro me cantar! Eu mereço. Isso porque o rapaz já tinha dado inúmeras indiretas a uma outra menina do grupo. Tentei de todas as formas me esquivar, acabei que deixei no gelo por um tempo, pra evitar de ser grossa com o insistente rapaz.
Meses depois, já tinha inclusive terminado a facul, passo a conversar mais com Gentefina por MSN, ainda mais porque eu sabia que agora quem tinha ido para o brejo era o namoro de Cervejeiro. Precisava de fontes, contatos e afins para tentar uma aproximação.
E eis que... recebo uma proposta quase indecorosa de Gentefina (que na ocasião se mostrou bem pouco gente fina – mas isso é conversa pra um outro post...). Lá vai a moçoila sair pela tangente outra vez!
Só pode ser praga! Não é possível! Três amigos, apenas UM te chama a atenção, mas é justamente esse UM que parece não perceber a sua existência! Muphy deve me amar mesmo, ou fez suas leis inspiradas em mim, só pode ser!
Depois dessa pensei: “deixa pra lá, não vou conseguir uma aproximação nunca, minhas chances já se foram mesmo. Burra, burra, burra! Por que não investiu no cara enquanto podia ver ele todos os dias? Vai, fica dando uma de ‘ai eu não posso, ai eu não devo’, isso que dá, perdeu a oportunidade meeeeeeesmo”. Ok, chega de estapear o próprio rosto e volta à realidade.
Meses, muitos meses, depois, eis que parece que Deus resolveu olhar para a moça-boba-que-não-sabe-agarrar-as-oportunidades-na-hora-certa e lhe dar uma nova oportunidade.
Continua no próximo.
sábado, 26 de julho de 2008
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