Como fui tolo. Meu Deus do céu, como grande publicitário de sucesso-falido que sou, deveria ter pensado nisso antes! Meu amigo Joey fez um texto em que a primeira palavra do título é “AQUELA”. Todo viciado em Friends sabe que os episódios começam sempre com a palavra: AQUELA! Me sinto um lixo! Rs
É bom ter outra pessoa do sexo masculino para dividir a podridão da cachorrada. Demorei um pouco para virar cachorro, mas também quando aprendi, passei a latir desesperadamente, achando sempre uma “cachorrinha no cio” que pudesse sanar as minhas necessidades biológicas. Porém, sempre durante esse processo, descobria que muitas “cachorrinhas” na verdade eram gatinhas e não galinhas, mas a bosta já estava feita. Elas se apaixonavam, e eu, já com o rabo entre as pernas, saía de fininho em busca de outro rabo de saia. Bons tempos!
Mas como uma das leis do nosso planeta é “Aqui se faz, aqui se paga”, às vezes achava uma “dona” e dedicava todo o meu carinho e atenção, literalmente sentava, deitava e rolava. Um verdadeiro “pau mandado”.
Como “cachorro” sempre conquistei as mulheres que queria, ou grande parte delas, só não conquistei por muito tempo as mulheres que amei (acho que por causa da fama que eu tinha). Mas tudo bem, nada melhor que esquecer um amor fazendo “amor” com várias outras...
Quando era mais jovem adorava o bate-papo da UOL (quem não gostava?), e vivia trocando telefone e e-mails com as mais diversas garotas, loiras, morenas, ruivas, brancas, negras (adoro cardápio variado!)... Sempre marcava encontros, geralmente em shoppings, e, como nunca neguei fogo, sempre comparecia!
Naquela época era difícil as pessoas terem fotos no computador. Scanner era muito caro e câmera digital então era coisa de “patrão”(não sou velho não, a tecnologia que avançou mais rápido do que a lebre quando usou seu primeiro comprimido de êxtase). Mas rapaz, como eu quebrava a cara! Meu Deus do céu, acho que as fôrmas que Deus fez algumas mulheres deveriam ser jogadas fora pra sempre! Outras nem tanto... E numa dessas uma me atraiu profundamente, “amor tosco à primeira vista”.
Claro que ficamos! E o fato dessa garota ser um ano mais velha e ter muitoooooooo mais experiência, me deixava ainda mais apaixonado (aos 16 anos de idade o coração ainda é muito bobo). Aqueles beijos quentes, aquelas mãos bobas que muitas vezes ela fazia questão de me mostrar, e eu tímido, pois em local público, a minha mão dentro da blusa dela, não era uma coisa muito legal para os outros verem...
De qualquer forma viramos “famosos” no shopping West Plaza, pois alguns lojistas faziam questão de ver a nossa “peregrinação” amorosa e o coitado aqui que sempre sofria mais, pois uma mulher excitada não demonstra o “volume de seu ser”, já o homem né?
Bem que eu tentava evitar, ficava pensando na minha avó pelada (algo broxante), pensava que seria preso... Mas nada, absolutamente nada me tirava da cabeça o fato de estar com uma “mulher especial”!
Mas vai tomar naquele lugar, como ela morava longe! Eu não tinha carro, nem idade pra dirigir, e quando não nos encontrávamos no shopping, eu fazia a via sacra duas vezes para chegar na metade do caminho de onde ela morava. Mas meu pobre coração não enxergava o quanto estava sendo idiota, e realmente, pensando bem, nem ligo, gostei mesmo de ser usado por ela, me senti como um hot dog sem pão, porque o que ela queria realmente era a salsicha, ou talvez não.
Foram três longos meses me dirigindo todo final de semana ou para o West Plaza, ou para Osasco, onde a “minha princesa” morava. Sempre que eu chegava em sua casa não tinha ninguém, só ela!
E essa história só terminou do jeito que terminou porque eu fui muito mole (mulher não gosta de homem mole em nenhum aspecto), mas, nunca tinha rolado nada na casa dela, a não ser boas caricias e dedos perdidos.
Estava chegando o meu aniversário, e ela, muito da safada, me ligou e com uma voz sensual, que eu nunca tinha ouvido vir dela (parecia tele-sexo!), disse que queria me ver e que me daria um presente inesquecível.
“Demorou, é hoje que eu afogo o ganso”, disse para mim mesmo.
Aquele dia eu me produzi, cortei o cabelo, deixei a barba, que era só no queixo, feita, escovei os dentes 10 vezes e peguei a minha melhor roupa. Passei na farmácia, e com uma vergonha do cão, comprei camisinha de morango, pacote com seis unidades, e prometi para mim mesmo que só iria embora depois que o pacote estivesse vazio!
Ela marcou de me encontrar no shopping. Mesmo com medo e sabendo que ela era louca, fiquei imaginando a cena, no cantinho do shopping, aquele atentado ao pudor gostoso, sendo apenas interrompido pelo meu “gozo próprio” ou algum policial.
Sete horas da noite, e aquele frio na barriga, eu esperando minha Deusa do UOL aparecer. Dito e feito: ela estava linda, deslumbrante. Eu precisava de um babador para não deixar cair no chão a minha vontade “de jantar” aquele corpo.
Até então que o “aqui se faz aqui se paga” começou (mas fique bem claro que foram os atos dela que contribuíram para me transformar em um cachorro nato!): Ela chegou me dando um beijo no rosto. Tentei dar um beijo na boca dela e fui impedido por aquelas bochechas, que naquele momento de desprezo não eram mais tão apetitosas. Como era fria aquela garota, meu Deus, no dia do meu aniversário me fazer isso!?
Lembro como se fosse ontem, aqueles olhos verdes, mirando diretamente para os coitados dos meus - que já estavam naquele momento querendo morrer afogados -, e me disse com uma voz sarcástica, “Olha no meu dedo”.
Rapaz, que troço era aquele, fala sério? Uma aliança tão grande e tão grossa que mais parecia o Rodoanel!
Lembro que a última coisa que ela disse foi, “Desculpe, mais você foi muito lerdo, pensei que era mais safado”.
AAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH que porra é essa? Tentei respeitar e perdi uma das grandes oportunidades da minha vida, algo que eu mais esperei até aquele momento!
Ela se virou e a última coisa que vi foram aquelas nádegas deliciosas indo embora da minha vida para sempre...
Voltei para casa com um pacote de camisinhas fechado, a cabeça baixa - pois além de partir meu coração, ela destruiu meu desejo - e o quase choro era inevitável...
Agora me perguntem: o que eu aprendi com isso?
Aprendi que respeitar pode significar o término de uma relação. Aprendi a ser cachorro e a “ferver” no primeiro encontro. Por sorte, atualmente estou “encoleirado”, mas uma coisa eu posso dizer por experiência própria: “A culpada de todo homem que vira cachorro é a experiência vivida com uma cadela”.
domingo, 3 de agosto de 2008
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2 comentários:
Hilário... Me matei de rir... meu próximo texto (que está saindo do forno, esperando apenas as colegas de blog mandarem os seus antes) será sobre um fracasso também.. vou alternar entre sucessos e fracassos (escondendo alguns, se não eles ganham) rs...
Quanto seu primeiro parágrafo, achei que não era tão viciado em Friends, pensei que ia deixar passar o "Aquela"... rs...
Tá ficando engraçado esse blog...
Abs, Joey!
Cachorrooooooooooooo!!!!!!!!
Adoro!
Álias tenho faro pra atrair homem cachorro...mas já que comentou a sua história sobre como virar um canalha ou como uma mulher fabrica um canalha...sou obrigada a contar como se tornar uma bela CACHORRA de raça e grife é claro meu amigo....aguarde que teremos muitas histórias....
beijo
Samantha Jones
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